segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Uma idéia como a nossa

Durante as pesquisas de como aprimorar o carrinho de mão atual, nos deparamos com uma reportagem sobre um empresário que lançou no mercado um carrinho de mão cimenteiro que requer menos esforço e suporta maior carga.


Empresário lança carrinho cimenteiro para canteiros de obras

Dionício Nunes, empresário e inventor premiado de equipamentos para a construção civil, lança carrinho transportador de até 3 sacos de cimento (150 k) que reduz esforço físico dos operários
Vanessa Brito
DivulgaçãoCarrinho inventado pelo Grupo Maq: mais cimento e menos esforço para trabalhador da construção civil

Carrinhos de mão, com caçamba e uma roda, estão se tornando coisa do passado. Eles exigem grande esforço físico dos operários para transportar produtos e materiais de construção civil. Se depender do empresário e inventor premiado capixaba Dionício Nunes, eles vão desaparecer dos canteiros de obra do País. 

O Grupo Maq, dirigido por Dionício, acaba de lançar o carrinho cimenteiro, desenvolvido para transportar até três sacos de cimento de uma só vez, exigindo menos trabalho braçal dos operários. A estrutura e design do equipamento reduzem o peso levantado pelo operador de 150 quilos para 25 quilos. 

O carrinho transportador de cimento conta com duas rodas e sua parte traseira possui dispositivo giratório de 180°, que permite colocar os sacos no chão, um a um. Essas são as principais características do décimo-primeiro modelo de carrinho inventado e fabricado pelo empresário. A série de equipamentos é totalmente destinada a facilitar a rotina e preservar a saúde dos operários nos canteiros de obras e indústrias de pré-moldados. 

"O carrinho cimenteiro evita que o operário tenha contato direto com o produto e o pó, muito tóxicos", explica Dionício. É comum um trabalhador chegar a carregar até 100 sacos de cimento/dia nas costas, informa. "Significa 1,5 tonelada por dia e muita poeira", esclarece. 

O novo carrinho foi apresentado ao mercado na Rodada de Negócio da Construção Civil, promovida pela unidade do Sebrae no Espírito Santo, no último dia 21, no Centro de Convenções de Vitória. Em uma semana, 80 unidades foram vendidas. 

Dionício inventa e fabrica máquinas e equipamentos há 35 anos. Em 2002, recebeu das mãos do então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, o prêmio de Maior Inventor Brasileiro, como autor do primeiro tijolo ecológico, feito de barro e cimento prensado, e da máquina para produzi-lo. 

O produto dispensa o uso de argamassa no momento de levantar as paredes, bastando encaixar os tijolos. Hoje, produto e equipamento são de domínio público. Existem cerca de 30 indústrias produtoras de máquinas de tijolos ecológicos no País, segundo ele. 

Qualidade de vida 

Ex-servente de pedreiro, o empresário começou a trabalhar cedo, aos onze anos. Com formação técnica em mecânica, Dionício orgulha-se de contar que fez ao todo 18 cursos fora do Brasil em hidráulica, eletricidade, construção civil, entre outros. Também viajou bastante e conhece 59 países. Já exportou seus equipamentos para 40 deles. "Poucas unidades", faz questão de esclarecer. 

Dionício conhece a rotina dos trabalhadores da construção civil. A grande preocupação do empresário e inventor é aliviar o trabalho pesado nos canteiros de obras da construção civil, potencializando as diversas operações manuais e preservando a saúde dos operários. 

"Estamos em pleno século XXI. É preciso melhorar as condições de trabalho desses trabalhadores", diz ele. Entre os carrinhos fabricados pelo Grupo Maq destacam-se: o dosador (o mais vendido); o transportador de meio-fios; o transportador de bloquetes; o paletizado aberto; o paletizado; e o transportador de manilhas. 

O processo de invenção tem a ver com observação, segundo Dionício. "Fico olhando cada etapa de todas as operações que o trabalhador faz e, assim, chego às soluções", revela. Os carrinhos criados por ele possuem entre 2 e 4 rodas. "Nunca é uma roda só, pois exige muito esforço físico", justifica. 

Até o momento, o Grupo Maq, que conta com equipe de 12 funcionário e fica no município de Serra, na região metropolitana de Vitória, já colocou no mercado cerca de 10 mil máquinas e equipamentos. "É muito gratificante saber que estamos melhorando as condições de trabalho nos canteiros de obras e indústrias de pré-moldados", acrescenta. 

No caso dos tijolos ecológicos, a satisfação foi maior, pois o produto e máquina reduziram drasticamente o custo e o tempo de construção de casas populares. "Uma vez fui a Manaus participar da inauguração de casas, feitas por mutirões. Foi muito emocionante", conta satisfeito. Uma casa de 35 m², feita com tijolos ecológicos, custa cerca de R$ 8 mil, informa. 

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